Resenha # 67 : A Garota no Trem

Título: "A Garota no Trem"
Autor: Paula Hawkins
Páginas: 378
Editora: Record
Ano: 2015
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   Quem me acompanha por aqui já deve ter percebido que minhas leituras são basicamente romances, chick lits e dramas, certo? Então, ultimamente venho tentando me abrir para outros gêneros, já li um new adult, e agora optei por um thriller psicológico, sendo o escolhido A Garota no Trem, livro que já havia lido muitos comentários bons e que por fim resolvi arriscar a leitura. Felizmente tive uma experiência bastante agradável e com certeza quero ler outros livros do gênero.
    O livro traz a história de Rachel, uma mulher que cometeu algumas falhas no decorrer de sua vida e hoje é uma alcoólatra, desempregada e que mora de favor com uma amiga que piedosamente cedeu um quarto em sua casa após Rachel ter se divorciado de Tom e se viu desabrigada. Rachel finge que vai trabalhar todo dia porque não tem coragem de contar para a amiga que foi demitida ao aparecer bêbada no trabalho.
   Sendo assim, todo dia ela pega o trem e vai para a cidade fazer absolutamente nada, ás vezes ela passa o dia na biblioteca, já em outros vai ao pub e bebe o dia todo. Mas, o que ela mais gosta de fazer é observar um casal que vive em uma das casas de seu caminho diário, de um jeito meio maluco, ela observa e cria uma história perfeita para esse casal, que ela chama de Jess e Jason. Porém, certo dia, Rachel é abalada com a notícia de que “Jess” está desaparecida e na verdade chama Megan. E isso não só a assusta por “conhecer” Jess/Megan, mas porque esteve na rua dela na noite do desaparecimento atrás de seu ex-marido Tom, que também mora na beira dos trilhos e poucas casas antes da desaparecida.
   Sendo considerada louca e desequilibrada pela polícia, Rachel acaba não só participando diretamente dos acontecimentos mas também da vida de todos os envolvidos.

   A narrativa do livro começa pelo ponto de vista de Rachel, porém depois temos os pontos de vistas de Megan (a desaparecida) e de Anna (atual esposa de Tom). Isso nos faz montar um quebra cabeças e percebemos as nuances das vidas das três mulheres e como e quando elas se conectam. O inicio do livro é bem lento e arrastado, mas, com o decorrer das páginas e o surgimento do suspense a respeito do desaparecimento de Megan, a leitura se torna muito fluída e as páginas praticamente voam.
   Rachel, Megan e Anna são três mulheres totalmente diferentes, mas, ao mesmo tempo, muito iguais. Confesso que estou com minha língua coçando para comentar sobre a personalidade de cada uma separadamente e como suas histórias se ligam, mas, tive que me conter, pois, o leitor não sabe sobre isso até certo ponto e eu não quero acabar com a surpresa de possíveis leitores. Só adianto que nem tudo é o que parece ser e que sempre há algo a ser revelado...
   A história em si é muito perturbadora e cheia de surpresas! Devo ter mudado de opinião umas quarenta vezes, onde a leitura avançava, respostas apareciam, dúvidas surgiam, e consequentemente os palpites só iam aumentando. A autora segura o mistério do desaparecimento por muito tempo e quando fui chegando nas últimas páginas imaginei que Paula Hawkins ia deixar dúvidas, mas, felizmente ela entrega um final completinho e sem pontas soltas.
   Enfim, A Garota no Trem é um thriller cheio de emoção, incertezas e mentiras que são capazes de prender o leitor do início ao fim! Recomendo a leitura para todos apreciadores de thriller psicológicos e para aqueles leitores que estão em busca de uma história envolvente e cheia de mistérios.